'Preço no direct': Entenda o que diz a lei sobre enviar valores no privado

  • 23/08/2025
(Foto: Reprodução)
Entenda porque pedir pelo preço no direct pode ser considerado ilegal Com o avanço do comércio digital, especialmente em plataformas como o Instagram, novas estratégias de vendas têm ganhado espaço, mas nem sempre de forma transparente. Uma delas é o chamado “preço no direct”, prática em que o valor dos produtos não é divulgado publicamente, apenas por meio de mensagens privadas. Na prática, é como se uma vitrine exibisse os produtos, mas deixasse as etiquetas em branco, obrigando o cliente a perguntar diretamente ao vendedor quanto custa. A tática, embora comum entre pequenos e médios empreendedores nas redes sociais, levanta questionamentos sobre a legalidade da ação. Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp O que diz o Código do Consumidor “Preço no privado” é ação proibida pelo direito do consumidor  O advogado Gabriel Sales de Melo declara que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, todas as ofertas de produtos ou serviços devem ser “claras, precisas e ostensivas”. Isso significa que o preço é uma informação essencial e obrigatória, devendo ser visível e acessível ao consumidor. Além do valor, outras informações também devem ser apresentadas de forma transparente, como: Quantidade; Composição; Garantia; Prazos de validade; Origem do produto. Quando o preço não é divulgado de forma pública, pode ser considerado uma prática abusiva ou enganosa, pois dificulta a análise imediata de diferentes ofertas e prejudica a transparência da negociação, colocando o consumidor em desvantagem. “A prática de ocultar preços e exigir que o cliente ‘chame no direct’ contraria o Código de Defesa do Consumidor, porque o preço é informação essencial. Toda oferta, inclusive em ambiente digital, precisa ser clara e ostensiva, garantindo ao consumidor transparência e possibilidade de comparação. O direct pode ser usado para atendimento, mas não substitui a obrigação de informar o valor publicamente”, explica. Entenda quais são os riscos da tática do "preço no direct". Reprodução/Instagram Como as empresas devem anunciar em redes sociais Segundo o advogado, é fundamental que as empresas sempre exponham o preço publicamente, incluindo nas redes sociais, e forneçam todas as condições essenciais, como parcelamento, frete e validade das promoções. O uso do direct pode ser uma ferramenta útil para esclarecer dúvidas, mas nunca deve ser o único canal para fornecer informações sobre o preço. “Muitos comerciantes alegam que querem estimular a interação com o cliente e desejam flexibilizar o preço conforme negociação, evitando exposição pública de estratégias de desconto ou valores diferenciados. No entanto, a intenção comercial não justifica a omissão de informação essencial prevista no CDC. O marketing digital precisa respeitar o mesmo padrão de transparência do ambiente físico”, pontua. O advogado alerta que, ao adotar essa prática de forma inadequada, as empresas correm o risco de autuação pelo Procon, podendo ser aplicadas multas administrativas. Além das sanções legais, há o risco imediato de perda de credibilidade, o que pode afetar a relação com o público e enfraquecer a imagem da marca. Assista aos vídeos mais vistos do g1 Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/08/23/preco-no-direct-entenda-o-que-diz-a-lei-sobre-enviar-valores-no-privado.ghtml


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